(Hippolyte Taine, 1828/1893) |
“Deste
modo, Taine pôs em evidência o funcionamento, desde 1789, do mecanismo que
Augustin Cochin virá a designar por a ‘máquina’. Ele entendia por isso ‘uma
forma de socialização cujo princípio consiste em que os seus membros devem,
para desempenharem nela o seu papel, despojar-se de qualquer particularidade
concreta e da sua existência social concreta.”
(Fr. Renaud Silly)
O “homem-máquina”
cartesiano alcança, mais de um século depois, a sociedade mecânica. E tal como
a ideia de Descartes foi o ponto de partida para uma separação de águas
fundamental que abriu o caminho às ciências da natureza, a tese de Cochin, que
pode parecer-nos abrupta, por vivermos imersos na comunicação global e
instantânea, na verdade, remete para o museu da história a imagem romântica ( e
sem que haja nisso contradição) e mecanicista que os jacobinos faziam da
sociedade.
A figura do cidadão
foi o “bulldozer” que arrancou todas as raízes (as particularidades) e permitiu
recriar o mundo com as “luzes” da filosofia.
A “máquina” recriou
esse mundo, mas como não podia viver nele porque era demasiado abstracto,
suicidou-se. Foi o tempo em que “todos se
mataram uns aos outros.” (Maurras)
0 comentários:
Enviar um comentário