As faixas do atleta vencedor |
“Mas
de cada vez que alguém sofre ou acaba qualquer coisa – e cada coisa acabada é
uma coisa sofrida, e qualquer coisa sofrida é uma coisa acabada -, algo de
exaltante, que evoca a intensidade e o sentido, surgem as faixas.”
“Les noces de
Cadmo et Harmonie” (Roberto Calasso)
Diz Aristóteles que
os Gregos só ofereciam aos deuses coisas
perfeitas e íntegras. As faixas distinguiam o que pertencia ao culto: tantos as
coisas, como os animais e as pessoas.
Esta perfeita separação
dos mundos é necessária ao encontro com os deuses. Marcados e purificados, como
na morte, os que levam as faixas entram num espaço que não é nem o da vida nem
o da morte.
O destino dos homens
é representado e visto “até ao fim”, como se já tivesse sido sofrido. É uma
catarse, como se diz na “Arte Poética” do Estagirita, a propósito do teatro.
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