La mort de Caton d'Utique (Jean-Paul Laurens) |
“Nunca
um homem está mais activo do que quando não faz nada, nunca está menos sozinho
do que quando está consigo mesmo.”
(atribuído a
Catão, segundo Cícero)
É uma ideia que
prescinde da política e do “espaço público”. Será uma ideia de patrício romano?
Porque, então, como chamaríamos a tudo o que fazemos diante dos outros ou com
eles? Mas há mais de uma nuança aqui.
O espectáculo não é
uma acção para o espectador, e o actor, enquanto actor, não age, representa. E
se somos arrastados por uma multidão, tampouco agimos. É como cair na
horizontal. Até no amor, a acção habitualmente falta. Não é por acaso que na
língua inglesa se diz “to fall in love”
(cair no amor).
Catão era uma lâmpada
acesa que julgava poder passar sem corrente. Podia ter-se lembrado da fábula de
Menénio Agripa que falava sobre a interdependência dentro do próprio corpo.
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