In Hitler's distorted view, these Bavarian children
would have represented racial purity
"A invasão da União Soviética, quando foi lançada muitos anos depois, era para ele - e não apenas para ele - o ponto culminante desta cruzada. Seria um erro sério subestimar a força ideológica de um punhado de ideias centrais de Hitler. Ele não era um simples propagandista ou um 'oportunista sem princípios'. Era na verdade ambas as coisas ao mesmo tempo: um magistral propagandista e um ideólogo. Não há contradição entre as duas."
"Hubris" (Ian Kershaw)
Hitler era o homem certo na altura e no lugar certos para reconduzir a Alemanha no caminho da destruição total.
A sua missão poderia não ter passado dum discurso sem sentido, como tantos outros que fazem sorrir os turistas, em qualquer speakers' corner. Era essa quase a situação, depois do putsch falhado de 1923, enquanto escrevia o "Mein Kampf " na prisão de Landsberg.
Mas veio o crash bolsista de Wall Street, com a sua sucessão de miséria e desespero, e essa missão, a convicção fanática do homem, revelaram ter a força dum íman para a nação desintegrada.
Hitler sentiu toda essa energia concentrada em si e aplicou-a nas obsessões de sempre. O anti-semitismo, por ter uma lógica independente da guerra, punha em causa, como o viu Hannah Arendt, o próprio projecto de dominação, mas não se pode dizer que a subordinação da guerra ao problema da "pureza racial" não fosse um princípio.
É que não basta ter princípios, é preciso que sejam bons princípios.
0 comentários:
Enviar um comentário