terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O OPTIMISMO POLÍTICO


Winston Churchill (1874/1965)


"Uma das ideias que eu tinha discutido em "The Poverty" (of Historicism) foi a influência da predição sobre o acontecimento predito. Tinha-lhe chamado "Efeito de Édipo", porque o oráculo representou um papel da maior importância na sequência de acontecimentos que levou ao cumprimento da profecia."

"Unended Quest" (Karl Popper)


É por isso que o optimismo é politicamente preferível ao pessimismo, apesar de parecer querer fechar os olhos à realidade. De resto, quem vê tudo negro, para além de poder ganhar uma úlcera, não conhece melhor o futuro, a não ser neste ponto: é que a predição pessimista, no que de nós depende, tem todas as probabilidades de ser confirmada pelos factos.

Mas há um problema de comunicação a ter em conta. O optimista pode transmitir aos outros a ideia de que a sua atitude é uma mera fachada, de que não há nada por detrás, como nalguns cenários. E, evidentemente, não é por se martelarem as palavras que se comunica a convicção.

A influência dos media na imagem do político optimista pode, além disso, transformar a coragem e a determinação em "intolerável demagogia". Em certas circunstâncias, até "o sangue, suor e lágrimas" pode ser uma mensagem optimista, porque, embora com sacrifícios, se "promete" a vitória.

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