sábado, 4 de fevereiro de 2012

O MONSTRO DA TASMÂNIA



A notícia é que a 'boa constrictor' da Tasmânia infestou os pântanos do parque Everglades na Florida, desequilibrando a repartição das espécies e pondo em perigo a existência de alguns animais.

Ora, desde Fedro e de La Fontaine que o reino da fauna serve eficazmente para os melhores propósitos educativos, dado que nesta contenda entre virtudes e vícios humanos, as formas do focinho ou das unhas, por exemplo, valem pela diferença de caracteres, e a eficácia desta transposição talvez tenha a ver com o facto de já termos sido crianças e de termos, então, acreditado nestas coisas.

A fábula que me sugere o "darwinismo" no Everglades passa-se nos celebérrimos "mercados". O sistema financeiro foi também infestado pela  'boa constrictor' que aperta os países europeus no seu abraço mortal. Mas como estudou em Harvard e Yale e noutras  conceituadas universidades americanas, passa por ser uma sumidade em economia vendendo algumas teorias falidas aos líderes europeus que, longe de se quererem furtar ao "abraço" da serpente, pretendem acolher-se nele na esperança de se tornarem eles próprios em serpente.

Entretanto,  há várias "espécies" ameaçadas, entre pequenos e grandes animais. É o segundo rapto da Europa. Ninguém imaginou, porém, que era a vez deste douto  monstro da Tasmânia, grande admirador de Milton Friedman e da Escola de Chicago.

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