A notícia é que a 'boa constrictor' da Tasmânia infestou
os pântanos do parque Everglades na Florida, desequilibrando a repartição das
espécies e pondo em perigo a existência de alguns animais.
Ora, desde Fedro e de La Fontaine que o reino da fauna
serve eficazmente para os melhores propósitos educativos, dado que nesta
contenda entre virtudes e vícios humanos, as formas do focinho ou das unhas,
por exemplo, valem pela diferença de caracteres, e a eficácia desta
transposição talvez tenha a ver com o facto de já termos sido crianças e de
termos, então, acreditado nestas coisas.
A fábula que me sugere o "darwinismo" no
Everglades passa-se nos celebérrimos "mercados". O sistema financeiro
foi também infestado pela 'boa
constrictor' que aperta os países europeus no seu abraço mortal. Mas como
estudou em Harvard e Yale e noutras conceituadas
universidades americanas, passa por ser uma sumidade em economia vendendo
algumas teorias falidas aos líderes europeus que, longe de se quererem furtar
ao "abraço" da serpente, pretendem acolher-se nele na esperança de se
tornarem eles próprios em serpente.
Entretanto, há
várias "espécies" ameaçadas, entre pequenos e grandes animais. É o
segundo rapto da Europa. Ninguém imaginou, porém, que era a vez deste
douto monstro da Tasmânia, grande
admirador de Milton Friedman e da Escola de Chicago.
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