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A República Popular da China já não é o "perigo amarelo", nem o papão do comunismo. É simplesmente o próximo gigante. Graças ao espírito pragmático de Deng, que sabia mais sobre a real importância da cor dos gatos do que qualquer um de nós, conseguiu tornar-se, hoje, mais convincente, aos olhos do mundo, como sucessora do império americano, do que o Khrushchov, de sapato na mão, nos anos sessenta, e sem alarido nem vanglória.
Não é pequena proeza arrancar uma nação tão populosa e tão atrasada (segundo os padrões ocidentais) ao seu papel de despojo da guerra comercial levada a cabo pelas grandes potências. Tudo isto progressivamente, e em segurança (refiro-me ao período posterior à morte de Mao, evidentemente).
Não sabemos que espécie de desafio e de perigo representaria a instauração revolucionária da democracia. Podemos, no entanto, imaginar a turbulência política e o provável recuo económico, numa altura em que a grande maioria da população chinesa tem ainda um dos mais baixos níveis de vida do mundo. Essa é, sem dúvida, uma preocupação legítima dos seus líderes, sempre que deixem de pensar como funcionários e garantes do regime.
De qualquer modo, já vimos, não será uma agenda ocidental a determinar as prioridades.
Isso não nos impede de considerar um factor, essencial, tanto em relação ao crescimento económico, como à dignidade da pessoa humana, que, nas actuais circunstâncias, se encontra atrofiado. Esse factor é o poder criativo. E o sintoma maior da "fraqueza" da China moderna, é a sua visível dependência, dos EUA e da Europa, quanto a esse factor. Na verdade, os chineses tornaram-se exímios em imitar-nos. Aprenderam depressa, mas continuam a copiar tudo, sem terem, até agora, conseguido desenvolver uma criatividade própria. Por isso, eles agradecem à democracia ocidental o clima de liberdade e de confronto de ideias que permitem os voos do poder criativo. Mas não estão, ou pensam que não estão em condições de imitar-nos nesse campo. Essa é a fraqueza deste gigante.
A crise que devasta o Ocidente e as restrições à liberdade que os modelos austeritários impõem aos povos não deveriam ser, pois, do interesse da China...
Não é pequena proeza arrancar uma nação tão populosa e tão atrasada (segundo os padrões ocidentais) ao seu papel de despojo da guerra comercial levada a cabo pelas grandes potências. Tudo isto progressivamente, e em segurança (refiro-me ao período posterior à morte de Mao, evidentemente).
Não sabemos que espécie de desafio e de perigo representaria a instauração revolucionária da democracia. Podemos, no entanto, imaginar a turbulência política e o provável recuo económico, numa altura em que a grande maioria da população chinesa tem ainda um dos mais baixos níveis de vida do mundo. Essa é, sem dúvida, uma preocupação legítima dos seus líderes, sempre que deixem de pensar como funcionários e garantes do regime.
De qualquer modo, já vimos, não será uma agenda ocidental a determinar as prioridades.
Isso não nos impede de considerar um factor, essencial, tanto em relação ao crescimento económico, como à dignidade da pessoa humana, que, nas actuais circunstâncias, se encontra atrofiado. Esse factor é o poder criativo. E o sintoma maior da "fraqueza" da China moderna, é a sua visível dependência, dos EUA e da Europa, quanto a esse factor. Na verdade, os chineses tornaram-se exímios em imitar-nos. Aprenderam depressa, mas continuam a copiar tudo, sem terem, até agora, conseguido desenvolver uma criatividade própria. Por isso, eles agradecem à democracia ocidental o clima de liberdade e de confronto de ideias que permitem os voos do poder criativo. Mas não estão, ou pensam que não estão em condições de imitar-nos nesse campo. Essa é a fraqueza deste gigante.
A crise que devasta o Ocidente e as restrições à liberdade que os modelos austeritários impõem aos povos não deveriam ser, pois, do interesse da China...
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