sexta-feira, 16 de setembro de 2011

CORAÇÃO RÍTMICO

mandala of vase ashtamangala with syllable mantra


E eis o coração rítmico  do deus
Abandonado e só em frente aos céus."

Sophia  (Dia do Mar)



É preciso um poeta para nos revelar este segredo do mar e porquê quase toda a gente gosta desta espécie de contemplação ao arrepio de tudo o que fazemos, quando se oferece uma pausa no nosso afã.

A imobilidade duma montanha desafia a nossa pequenês e faz-nos crentes, como um céu estrelado. Mas há muito que o alpinismo limitou as nossas interrogações ao obstáculo a vencer. A noite, pelo seu lado, quando não é a "noite" de alguns excessos juvenis, é a grande ausente por cima do nosso sono.

O culto do corpo encheu as praias e eu não falo desses para quem o mar é o desporto ou o banho, mas dos que "pescam sem cana" atentos à voz do mar e aos seus movimentos.

Como é parecido esse ritmo com um mantra que diz sempre a mesma coisa. Não sabemos como explicar esta necessidade de monotonia, mas todos acertamos o coração com o mar.

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