Jules Guesde (1845-1922) |
“Nunca
até agora a verdade se agarrou ao braço dum intransigente”
“Assim falou
Zaratustra” (Friedrich Nietzsche)
Nem, aliás, ao braço
dum conciliador ou dum possibilista.
Jules Guesde, por
exemplo, chefe dos “Intransigentes” opunha-se a qualquer compromisso com o “capital”,
como se isso fosse possível, a não ser reduzindo a vida social e económica à
caricatura dum sistema. Mas estes homens, com blanquistas e possibilistas,
estiveram na origem do partido socialista francês. Porque o erro, chamemos-lhe
assim, faz parte do processo de adaptação da humanidade, tal como as “verduras”
das mocidade.
Nem o grande Jaurès
andava de braço dado com a verdade. Se não fosse o radicalismo de homens como
Guesde, a tradição seria outra.
A verdade no sentido
histórico é a verdade dos factos e não nos autoriza a fazer silogismos sobre o
presente ou o futuro. E o que é a
verdade no debate entre o compromisso e a intransigência? Quando muito só a posteriori
é que podemos sabê-lo. Porque às vezes o compromisso salva, outras, é o
intransigente que vê a sua ideia triunfar.
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