sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

IDEOLOGIA


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“Na sua substância, uma ideologia é uma ideia justificadora (mais exactamente, é o uso justificador duma ideia, e ver-se-á que a nuance não é pequena); na sua génese, uma ideologia é uma crença que serve…”

(Paul Veyne)



Não esqueçamos, de facto, a crença porque não somos meros veículos da ideologia. Podemos acreditar nela como ferro e confundi-la com a verdade ou o verdadeiro método.

Mas, cada vez mais, se vê o uso cínico da ideologia, sobretudo, quando ela se revelou incompetente, mas a nossa situação impede que a abandonemos. Certas ideologias são como o casamento católico. Por exemplo, um padre que deixou de acreditar (a verdadeira fé vive no gume da navalha), mas não tem coragem ou forças para mudar de máscara.

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