A Via Láctea |
“O
texto é uma galáxia de significantes mais do que uma estrutura de significados.”
(Roland Barthes in “S/Z”)
As mesmas palavras
dão lugar a várias interpretações, é sabido. Cada passagem do Talmud, por
exemplo, admitia quarenta e nove graus de significado, como lembra Tolentino de
Mendonça.
Poucos resistem ao
prazer de jogar com as palavras. O trocadilho é popular entre nós e ninguém se
priva dele, tanto ele se parece com o “espírito” (e há que distinguir).
Mas essa galáxia que
ligação tem com a realidade?
Aqui andamos nós a
tentar subtrair a essa “massa” suspensa os termos que formam toda a nossa
ciência, como se houvesse dois mundos: o da linguagem e o da ciência.
O sentido das coisas
é uma coisa muito complicada. É construído, localmente, com os “raios” dessa
galáxia. Por isso não admira que uma história diga mais sobre nós do que um
tratado.
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