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“O senso comum é o sexto sentido que controla os outros cinco e nos permite pressupor um mundo partilhável por todos.”
(Hannah Arendt)
Não seria a “struggle for life” nem o espírito de competição que nos poderiam levar a conceber um mundo comum. Um mundo em que todos têm lugar e fazem parte das coordenadas do nosso ser devia predispor-nos ao compromisso e à tolerância e, então, o ‘politicamente correcto’ seria a doutrina certa.
Mas penso que não é essa a ideia de Arendt. A partilha do mundo é também um encontro de razões. Talvez o senso comum exprima o absurdo ou a radical insuficiência de uma razão individual. Como se só por tentativas e composições precárias se alcançasse a razão das razões, ou o comum do senso-comum.
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