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"(…) é uma questão sempre aberta saber se é mais difícil descobrir os grandes autores do passado sem a ajuda de alguma tradição, ou salvá-los das imundícies do filistinismo cultivado."
"La crise da le culture" (Hannah Arendt)
"O fio da tradição rompeu-se, e nós temos de descobrir o passado por nossa própria conta, quer dizer, os seus autores, como se ninguém os tivesse lido antes de nós."
Se o filisteu cultivado se apropria dos "valores" da arte para "melhorar a sua posição social" e a sociedade de consumo devora os bens culturais e destrói todos os valores, a arte, os grandes autores do passado não têm quem verdadeiramente os compreenda e quem os possa defender.
Mas será a escolha apenas essa? E o que é uma tradição nas condições modernas? Será que as tradições do passado estiveram sempre isentas de interesse, mesmo quando não rotundamente filisteu?
Não é o caso de compararmos, nesta Idade Tecnológica, o papel do anacronismo (da Igreja, por exemplo) ao dos Árabes na transmissão da cultura grega?
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