"A falta de sucesso entre a juventude americana é muitas vezes assacada a professores incompetentes, a textos maçudos e ao tamanho excessivo das turmas. Nós sugerimos uma outra razão para os estudantes ficarem aquém do seu potencial intelectual: o falhanço no seu exercício da auto-disciplina."
"Self-Discipline Outdoes IQ in Predicting Academic Performance of Adolescents" de Martin Seligman e Angela Duckworth (citado por Maggie Jackson in "Distracted")
O estudo destes autores revela o que já se esperava: o trabalho e auto-disciplina são mais importantes do que uma grande inteligência. É a história da lebre e da tartaruga.
Um QI superior não impede um adolescente de perder o seu tempo com jogos de computador ou com a televisão em prejuízo dos estudos.
A capacidade de diferir um prazer (recorrendo às vezes à imaginação) está na base da auto-disciplina. "Os Antigos Gregos tinham um termo para a impulsividade: akrasia, uma deficiência da vontade." Ou "o auto-controle é a essência de olhar – literal e cognitivamente – antes de saltar."(Maggie Jackson)
Se este fenómeno da falta de concentração e de auto-domínio está na base do falhanço escolar e da impreparação para o futuro, está à vista de todos que o problema é mais de cultura do que das instituições ou das pessoas. E o que define, neste aspecto, a nossa cultura é uma espécie de fetichismo tecnológico.
Até onde poderemos considerar os gadgets como próteses extensivas, se resultam na contracção ou no definhamento de funções essenciais?
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