sexta-feira, 17 de julho de 2009

HUMILDADE


Albert Einstein (1879/1955)


"Uma das facetas predominantes na conduta da pesquisa científica é a agressão intelectual, que se manifesta no desejo de conhecer e exercer a própria inteligência em resolver o enigma do universo. Nenhuma grande ciência foi descoberta com o espírito de humildade. Um saudável sentido do ego e de intolerância intelectual é crucial para conduzir a investigação."

"The Cosmic Code" (Heinz Pagels)


O autor cita, a propósito, a resposta de Einstein a alguém que recomendava um jovem físico por ser muito humilde: "Como pode ser humilde? Ele ainda não fez nada!"

Quando se fala em conquistas da ciência ou do espírito humano quer-se dizer isso mesmo. Há uma certa tensão envolvida, uma esperança, uma ilusão até sobre a importância do que se pretende alcançar que são o oposto da "equanimidade" e da falta de ambição do espírito humilde. Alguma vaidade talvez seja necessária aos grandes empreendimentos, mas que na arte é visível e altera a forma.

Também é por isso que a grande literatura e a grande música requerem um estado de pureza próximo da santidade (como queria Simone Weil).

Einstein, depois do seu "anno mirabilis", podia ser humilde. É mais um louro na sua coroa de glória.

0 comentários: