quarta-feira, 8 de julho de 2009

A INFORMAÇÃO


Daniel Boorstin (1914/2004)

"É a idade da 'descoberta negativa', um tempo em que não podemos saber com certeza 'o que é', mas só podemos agarrar interminavelmente o que o mundo não é, levantando mais e mais perguntas à medida que prosseguimos, escreve Boorstin. Embora ele se refira especificamente ao mundo científico, o seu ponto permanece verdadeiro para outras arenas de pesquisa intelectual. Somos 'cativos da informação', conclui Walter Ong, 'porque a informação ininterrupta pode criar um caos de informação e, na realidade, isso já aconteceu, e muito claramente acontecerá sempre."

"Distracted" (Maggie Jackson)


Quando a informática chegou às empresas, parecia que finalmente se podia ter, com um simples toque no teclado, toda a informação necessária. Mas, pelo contrário, essa facilidade e abundância de dados eram apenas o começo da tarefa de fazer sentido do que corria no ecrã ou se desenrolava na impressora. Um gestor com duas ou três ideias tiradas da experiência estava, à partida, melhor informado do que um entusiasta dos computadores submerso pelos outputs da máquina.

A prolixidade não custa nada ao computador e não sendo a exactidão um valor em si mesmo, a maior parte dos dados disponíveis não contém qualquer informação útil.

Vivemos rodeados de informação? A informação, virtualmente, é igual ao próprio universo. A partir daí é sempre preciso escolher e rejeitar em função dum problema ou dum projecto de vida. A chamada sociedade da informação não significa que estejamos melhor informados, mas a consciência de que tudo pode ser tratado como informação.

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