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C. morreu.
Por quê esta entrada no diário de Scoby (em "The heart of the matter"), escondida entre os registos anódinos do dia a dia sobre as refeições e o tempo?
Neste extraordinário romance, Graham Greene fala-nos de um homem reservado, secreto, camuflado na sua função de polícia numa colónia africana que podia ser um claustro e o seu emprego de porteiro do convento, interceptando, em vez dos servos e do camponês, o comerciante sírio ou os filhos de Cham.
O paraíso possível para Scoby é um estado próximo da irresponsabilidade, não ter obrigações, não as da profissão, naturalmente, mas as que envolvem a sua salvação, porque ele acredita que temos de responder pelos que nos estão próximos ou que a sorte colocou no nosso caminho.
A partida de Louise, a mulher, atingida pelo "paludismo" moral do europeu é um enorme alívio, mas só dura até conhecer outra pedra rolada pelo destino: Helen, que podia ser a sua filha perdida, C.
As duas palavras que escreveu no diário não exprimem nada. É como se ele tivesse inventado uma lápide só para si e a mnemónica de um epitáfio.
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