segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O CUL-DE-SAC LEIBNIZIANO

Gottfried Leibniz (1646/1716)


"Mas o todo, dizes, precisa de uma causa. Respondo que a união destas partes num todo, como a união de várias e distintas regiões num reino, ou vários e distintos membros num corpo, é apenas realizada por uma acto arbitrário da mente e não tem influência alguma na natureza das coisas."

"Diálogos sobre a religião natural" (David Hume)


O todo é então uma ideia da razão. Não é o que a palavra relação quer dizer? As coisas só se relacionam entre si dentro de um sistema. E talvez essa seja a primeira necessidade da consciência.

O sujeito é posto pelo mundo que, desde logo, é uma totalidade.

É preciso pensar nas filosofias orientais de imersão do sujeito na natureza divinizada para que o sujeito desapareça com a totalidade.

No entanto, não há nada de mais contra-intuitivo porque "vemos", sem sombra de dúvida, que tudo está ligado. Criacionistas e evolucionistas estão de acordo neste ponto.

Que novo Copérnico tem de aparecer para as desligar umas das outras?

Devemos, talvez, recuar até Leibniz para encontrar um dos desvios do pensamento que não teve descendência. O todo está em cada coisa.

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