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Em 1950, Bertrand Russell podia escrever o seguinte sobre o futuro da humanidade:
"Antes do fim deste século, a menos que algo inteiramente imprevisto ocorra, uma das três possibilidades seguintes se terá realizado:
I - O fim da vida humana - talvez de toda a vida no nosso planeta.
II - A volta à barbárie após uma diminuição catastrófica da população do globo.
III - Uma unificação do mundo sob um único governo que possua o monopólio das principais armas de guerra."
"Ensaios Impopulares"
Entrado o novo milénio, nenhuma destas profecias se cumpriu, evidentemente, mas não podemos dizer que não estejam no nosso horizonte.
Russell escrevia sob a influência de dois acontecimentos marcantes do século passado: o totalitarismo e a bomba atómica. Uma conjuntura do máximo da força com o mínimo da razão.
O que ele não podia prever, por exemplo, a queda da URSS, não teria tido uma relevância de maior para a sua visão pessimista.
Mas o desenvolvimento da técnica prejudicou em muito o seu argumento a favor dum governo mundial, como meio de controlar a violência.
Porque as armas tornaram-se mais destrutivas, independentemente do seu tamanho. E até os liliputianos podiam trazer à terra o Armagedão.
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