sábado, 3 de maio de 2008

ARMAGEDÃO EM LILIPUT


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Em 1950, Bertrand Russell podia escrever o seguinte sobre o futuro da humanidade:

"Antes do fim deste século, a menos que algo inteiramente imprevisto ocorra, uma das três possibilidades seguintes se terá realizado:

I - O fim da vida humana - talvez de toda a vida no nosso planeta.

II - A volta à barbárie após uma diminuição catastrófica da população do globo.


III - Uma unificação do mundo sob um único governo que possua o monopólio das principais armas de guerra."

"Ensaios Impopulares"


Entrado o novo milénio, nenhuma destas profecias se cumpriu, evidentemente, mas não podemos dizer que não estejam no nosso horizonte.

Russell escrevia sob a influência de dois acontecimentos marcantes do século passado: o totalitarismo e a bomba atómica. Uma conjuntura do máximo da força com o mínimo da razão.

O que ele não podia prever, por exemplo, a queda da URSS, não teria tido uma relevância de maior para a sua visão pessimista.

Mas o desenvolvimento da técnica prejudicou em muito o seu argumento a favor dum governo mundial, como meio de controlar a violência.

Porque as armas tornaram-se mais destrutivas, independentemente do seu tamanho. E até os liliputianos podiam trazer à terra o Armagedão.

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