"Flags of our fathers" (2006-Clint Eastwood)
A lição desse magistral "Flags of our fathers", de Clint Eastwood, é que não há heróis, no sentido de que ninguém sente que merece tal distinção, talvez porque na ideia de heroísmo esteja implícita a liberdade, inspirada pelos valores mais altos e generosa até ao sacrifício.
Quando, pelo contrário, é o soldado anónimo, qualquer um, empurrado pelas forças à matança que se sente ao mesmo tempo encorajado pelo exemplo dos seus companheiros e responsável por eles e perante eles.
Mas o filme é também uma reflexão sobre a consciência desses heróis involuntários e como o colectivo transforma o paradoxo individual em força militar e de propaganda.
E podemos lamentar, como todo o patriotismo que não se paga com a vida, que os "heróis" tenham sido utilizados para vender os títulos de guerra, outra vez apanhados pelo mecanismo.
Nada mudou desde a guerra de Tróia, e o fantasma de Helena é sempre uma pobre explicação.
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