"Tomado na sua dimensão de ser vivo, o indivíduo tem
menos direitos e deveres do que pontos de vulnerabilidade a segurar e
capacidades de realização e de satisfação a optimizar."
(Frédéric Gros, citado por Fr.Jean-Michel Potin)
Mas quando é que passamos dos "direitos e
deveres" à outra problemática? Quando o "contrato social",
imaginado por Rousseau, é destruído pela organização.
Hannah Arendt atribui à esfera privada as tarefas da
sobrevivência, donde o político está excluído. Podemos conceber pelo que se
passa em algumas empresas que a economia é no fundo redutível a essa
esfera privada.
O actual eclipse da política, em favor do poder
financeiro explica por que estamos a reentrar na esfera parabiológica, com a
nova relevância dos problemas de optimização e de segurança da produção.
A crise é já o tempo da ditadura "alimentar",
que só difere da ditadura pura e simples porque ao mesmo tempo fomos levados a
interiorizar a sua necessidade.
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