Euterpe |
“A
música que é ´com certeza´ uma actividade racional, é em si mesma ‘teologia
natural’. Na música, a mente experimenta uma emoção pura, directa que
transcende o ego e funde subjectividade e objectividade.”
(Karen Armstrong, citando Denys Turner)
O termo de teologia
aplicado à música só surpreenderá os que tudo ignorem da mística oriental. Brahma,
o Nirvana, por exemplo, têm pouco a ver com um Deus pessoal, tal como o
entendemos, mas muito com o estado de imersão do ego que a música provoca em
nós.
Decerto que essa
fusão do subjectivo e do objectivo se distingue do sono ou da embriaguez que
são também estados que podem ser induzidos pela música.
Transcender o ego,
como diria Hegel, é também conservá-lo, noutra volta da espiral.
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