sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

TEOLOGIA DA MÚSICA

Euterpe


“A música que é ´com certeza´ uma actividade racional, é em si mesma ‘teologia natural’. Na música, a mente experimenta uma emoção pura, directa que transcende o ego e funde subjectividade e objectividade.”

(Karen Armstrong, citando Denys Turner)



O termo de teologia aplicado à música só surpreenderá os que tudo ignorem da mística oriental. Brahma, o Nirvana, por exemplo, têm pouco a ver com um Deus pessoal, tal como o entendemos, mas muito com o estado de imersão do ego que a música provoca em nós.

Decerto que essa fusão do subjectivo e do objectivo se distingue do sono ou da embriaguez que são também estados que podem ser induzidos pela música.

Transcender o ego, como diria Hegel, é também conservá-lo, noutra volta da espiral.

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