segunda-feira, 13 de setembro de 2010

NÃO HÁ OBJECTOS INDEPENDENTES


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"A confusão no problema da 'objectividade' era o de supor que pudessem existir respostas sem questões e resultados independentes dum ser que questiona."

(Hannah Arendt)


Também as chamadas leis objectivas da física, por exemplo, são respostas a problemas e não se compreendem fora das questões colocadas.

A história da ciência é a história dos seus problemas. Um novo tipo de resposta leva à revisão de uma série de perguntas e vice-versa, mas decerto não faz sentido uma descrição do mundo válida para qualquer X em qualquer lugar do universo. Isso impede que as leis até agora descobertas sejam mais do que "antropocêntricas".

Se um "contacto imediato" for possível, a nossa esperança é que matemática seja, de facto, a linguagem universal. Mas pode ser também que a qualidade de próximo ou distante não tenha qualquer relevância e um contacto não corresponda a um "encontro", sendo para nós a coisa desde sempre mais familiar, que nos cerca e submerge para lá das nossas metáforas e de todas as barreiras da linguagem.

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