René Descartes
Um método permite-nos ganhar eficácia e só é superior a outro na medida em que for mais praticável. De qualquer modo, é sempre tentador ver nele um critério da verdade.
A ciência moderna começou, segundo alguns, pelo “Discurso do Método”. E Descartes ao abanar a árvore dos conhecimentos adquiridos e ao deitar por terra os frutos da escolástica e da filosofia de Aristóteles quis recomeçar tudo de raiz.
Esse esforço permitiu, de facto, a refundação do saber, sob a égide duma matematização universal, e catapultou o pensamento científico para os píncaros em que hoje se encontra.
Um análogo empreendimento de crítica sistemática e de revisão profunda parece tão impossível hoje, frente ao labirinto da especialização das ciências, cuja validação se encontra, por outro lado, tão solidamente afirmada pelo sucesso das suas aplicações técnicas que logo seria confundido com um desígnio obscurantista.
E se o desafio vem do interior do campo científico (Einstein), toda uma idade deverá passar para se tirarem as conclusões filosóficas.
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