terça-feira, 18 de maio de 2010

A MATANÇA DOS INOCENTES


"O Massacre dos Inocentes" (Rubens)

C.S. Lewis (1898/1963) cita os Analectos de Confúcio num ensaio sobre a educação ("The Abolition of Man"): "O Mestre disse: Aquele que se põe a trabalhar num fio diferente destrói toda a tecedura."

O problema é que inovar quando a tarefa é a de transmitir a herança do passado, tarefa essencialmente conservadora, é, como diz Arendt, privar os novos da sua própria iniciativa, do seu poder de começar algo de novo, a partir do passado.

Todas as experiências pedagógicas que sacrificam esse conteúdo a uma moda formalista, a um método que se arroga a auto-suficiência dum sistema, são uma outra "matança dos inocentes".

A função de transmitir deve ser separada da função de criticar, e o ideal era que não fossem "contemporâneas".

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