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"Ao pedir às crianças para lerem, estamos a pedir-lhes: 'Por favor, podes rebobinar o teu cérebro?', diz o neurocientista Bruce Mc Candliss, 'Elas têm um belo sistema visual e um sistema de linguagem e são capazes de dar sentido ao mundo. Então nós pedimos-lhes para reorganizar o seu cérebro de modo a que possam olhar para um estímulo visual particular, obtendo os sons da fala e os significados que lhe estão associados."
"Distracted" (Maggie Jackson)
Eis uma opinião especializada, que tem em conta o esforço necessário a um cérebro treinado para o mundo dos ecrãs e da iconografia para se adaptar à leitura de um texto e que se arrisca a vaticinar que o sentido do mundo moderno seria possível sem esse esforço.
Não exigirá a complexidade do mundo, pelo contrário, todas as capacidades da linguagem e do pensamento? Pode ser que antes da escrita o mundo pudesse ser decifrado por uma narrativa épica ou cosmológica, mas alguma vez um povo iletrado pode, hoje, ser "senhor" do seu destino?
O perigo não é que o texto seja substituível, mas que possa ser compreendido apenas por uma elite. E longe de ser considerado um atentado à democracia, esse privilégio será legitimado, muito provavelmente, pelo voto, só porque tal "privilégio" pode ter algo de um sacrifício para uma sociedade hedonista.
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