terça-feira, 17 de novembro de 2009

OBJECTIVIDADE


Werner Heisenberg (1901/1976)


"Recordo as discussões com Bohr que duravam muitas horas e iam pela noite dentro, acabando quase em desespero; e quando no fim da discussão eu ia sozinho passear pelo parque mais próximo repetia para mim próprio, uma e outra vez, a pergunta: Pode a natureza ser tão absurda como nos pareceu nestas experiências com os átomos?"

(Werner Heisenberg, citado por Fritjof Capra)


A ideia de Deus é a primeira resposta à questão do sentido do mundo. Einstein não pôs em causa essa ideia quando partiu do princípio de que existe uma harmonia no Cosmos para chegar a uma teoria que a salvava, quando já a mecânica de Newton não era, por si só, suficiente.

É como se não conseguíssemos pensar o detalhe, os objectos mais próximos, sem a coerência suposta da totalidade. Assim, talvez esse seja um problema da razão humana e não uma realidade.

Como, porém, já poucos defendem a possibilidade de um conhecimento objectivo do universo (sem ser connosco e para nós), a questão parece não ter qualquer importância.

A realidade objectiva não é um problema com que nos deparemos, pelo menos enquanto vivos…

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