Georges Méliès
"Não é o mundo que se converte em imagens, é o imaginário que se converte em mundo."
(Serge Dany)
As imagens não são da mesma natureza do mundo, mas são-no do imaginário. O que seria de admirar era que o mundo se prestasse a essa função, que pudesse iludir a necessidade da representação e da linguagem.
A consequência é que entre nós e o mundo existe a placenta que nos prende ao sentido. Todas as metáforas são, por isso, verdadeiras, todas as religiões são verdadeiras. Mas sempre naquele sentido "imaginário".
Mas atenção ao significado da palavra conversão. Terá havido, então, um tempo em que o mundo se transformava em imagens, que havia, portanto, um nexo necessário. Quando a placenta era tão fina que o mundo quase a atravessava.
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