terça-feira, 17 de agosto de 2010

ZÓPIRO



Heródoto conta que um chefe persa, Zópiro, para julgarem que traía, cortou o seu próprio nariz e as orelhas e assim conseguiu entrar em Babilónia, capital inimiga.

O que é que suscita neste caso a admiração do historiador grego: a crueldade do pretenso castigo, ou que ele pudesse ter sido infligido por Zópiro a si próprio para ganhar uma guerra?

Hoje, que todos temos presente o modo como os "estudantes de teologia" pretendem dissuadir a traição ou o desvio da norma religiosa, parece-nos que o persa talvez fosse bom chefe militar, mas era certamente um mau crente. Ele desviou a arma religiosa para um outro fim e, com isso, como que a privou do terror.

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