"Os Budistas Zen dizem que um dedo é necessário para apontar para a lua, mas que não nos devíamos preocupar com o dedo, uma vez reconhecida a lua."
(Fritjof Capra)
E se todo o nosso aparato linguístico e filosófico fosse, de facto, esse dedo? Porque, segundo Kant, apenas temos acesso aos fenómenos, devendo abdicar do conhecimento do que as coisas são na realidade, o que é verdade se a coisa em si fosse uma relação que convoca toda a teia universal, por definição fora do nosso alcance.
E não é isso como se apontássemos para as coisas para nos entendermos sobre elas? Desde o comentário escolástico a uma teoria como o estruturalismo, a análise digital é a regra. Porque não saberíamos responder à pergunta do ser, contentamo-nos com situar as coisas em relação a nós.
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