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"Se se compara o sistema político e o sistema económico sob o ângulo da centralização, é na relação entre o Estado e os bancos que é preciso procurar o paralelismo. E isso permanece válido para muitos aspectos particulares da teoria dos media generalizados simbolicamente. (Por analogia com o sistema bancário, Talcott Parsons falou por exemplo de ‘crédito político’ e de ‘confiança politíca’ e mostrou que existiam nos dois casos problemas de inflação e de deflação.)”
“Politique et Compléxité” (Niklas Luhmann)
Vimos ainda recentemente que o “jogo dos seixos e da areia” teve o desenlaçe esperado. A organização mais rígida (o Estado) pôde impor-se durante a crise económica, “como as pessoas rígidas o fazem frente a pessoas tolerantes no meio da discussão cortês.”
As últimas décadas, de doutrinação liberal, a favor da flexibilidade e da adaptação ao mercado tornaram-se em pouco mais do que um discurso piedoso que não permite alcançar nenhuma saída.
Luhmann adverte, a este propósito, contra a falácia de se opor a centralização do sistema político à descentralização da economia, a qual esconde, na realidade, uma oposição a “todas as tentativas visando planificar a economia de maneira centralizada a seguir à expropriação dos meios de produção”.
Mas está visto que a burocracia ( a redundância no sistema) não é exclusivo do aparelho de estado (pode encontrar-se, por exemplo, na organização bancária) e que é tão necessária quanto o princípio oposto ( a variedade).
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