Nicolau II (1894 - 1917)
"(...) na corte dos Romanov, o grão-duque Nicolau disse ao imperador que preferia matar-se a tornar-se ditador militar. A Nicolau II restavam poucas escolhas. No dia 17 de Outubro, acedeu amargamente a reconhecer a primeira constituição russa de sempre, um parlamento eleito, a 'Duma Imperial' e uma imprensa livre. Nicolau cedo se arrependeu de tal generosidade: o seu Manifesto acelerou uma hemorragia de turbulência entusiástica e violência selvagem por todo o império."
"O jovem Estaline" (Simon Montefiore)
A reacção do grão-duque mostra quanto a chamada classe dominante estava atingida de morte. Eram muitos os nobres entre os revolucionários (Lenine era um deles), o que era de resto natural. Sendo eles os mais viajados podiam melhor perceber tal como um grande czar antes deles, o fosso que separava a Rússia das nações europeias.
Mas Pedro I tinha os meios para impor a modernização. Os bolcheviques conseguiram-na, mais pela força das circunstâncias, do que por mérito próprio.
A utopia fracassou, como não podia deixar de ser, mas a transformação da velha Rússia acabou por se realizar, com métodos mais violentos ainda do que os daquele czar.
Quem acreditar numa Providência na História poderá sempre pensar que o interregno dos bolcheviques foi a "máquina" que permitiu acelerar as mudanças necessárias. Com as vítimas do costume.
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