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"Mas se o acréscimo de alegria, trazido pela visão de mulheres impossíveis de imaginar a priori, me tornavam mais desejáveis, mais dignos de ser explorados, a rua, a cidade, o mundo, dava-me por isso mesmo a sede de me curar, de sair e, sem Albertine, de ser livre."
"La Prisonnière" (Marcel Proust)
De Albertine "nada tinha a aprender". Ela podia bem fazê-lo sofrer, através do desejo dos outros, mas não era capaz de lhe dar felicidade.
O desejo dos outros acenava para um mundo de possibilidades de que ele ficava de fora, sem poder imaginar de toda essa ventura mais do que as torturas da exclusão e do ciúme.
A desconhecida com que Marcel se cruza na rua é então olhada com o mesmo desejo que os outros experimentam por Albertine, subjectivo e descomprometido com a realidade.
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