"Tomemos, por último, o Trotskismo que já desde há alguns anos vem criticando o nosso Partido da "Esquerda" e que, ao mesmo tempo, como o Quinto Congresso do Comintern correctamente o coloca, é um desvio pequeno-burguês. O que pode haver de comum entre um desvio pequeno-burguês e o espírito realmente revolucionário? Não é óbvio que as frases "revolucionárias" estão aqui meramente como camuflagem para o desvio pequeno-burguês?"
"The Seventh Enlarged Plenum of the E.C.C.I." (Joseph Stalin)
Não é óbvio que qualquer desvio da linha "correcta" só pode ter o mesmo discurso daquela por camuflagem?
Então mais preciso é que se ponha a ênfase no advérbio. Os desviantes não podem ser realmente revolucionários por causa do seu espírito pequeno-burguês. Eles pertencem a um estrato social que "constitui um meio mais ou menos comum para o oportunismo em geral".
Quando mostram sentimentos de "ultra-esquerda" é porque "esperam a vitória da revolução no próprio dia seguinte".
Mas o conflito com Trotsky não se pode resumir ao confronto entre a paciência ("científica") e a impaciência (oportunista). É o poder que está em causa, e as facções recorrem a todas as armas ao seu alcance. As de Trotsky eram sobretudo retóricas, mas as do seu arqui-inimigo podiam desferir um golpe de picareta a 10000 kms de distância.
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