"As nações do nosso tempo não podem impedir os homens de se tornarem de condição igual, mas depende delas que o princípio da igualdade deva conduzir à servidão ou à liberdade, ao conhecimento ou à barbárie, à prosperidade ou à miséria."
"Democracy in America" (Alexis de Tocqueville)
Essa nova força que Tocqueville viu em acção faz hoje parte da "natureza das coisas". Ela exprime, no fundo, o primado da política sobre a religião. O homem religioso aceita as diferenças como sendo a vontade de Deus, enquanto o político procura sempre quem tira partido delas.
Uma sociedade desigual, hoje, não pode ter liberdade, nem conhecimento, nem prosperidade porque essa sociedade se encontra minada e desmoralizada pela divisão interna.
Para que algo como isso seja possível, tem que se alimentar a esperança num outro estado de coisas ou então promover o que se pode considerar como fatalismo. Não é Deus que quer, mas o sistema ou a economia.
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