Aristóteles (384/322 a.C)
"Interpretei também a doutrina de Kant da impossibilidade de conhecer as coisas em si mesmas como correspondendo ao carácter para sempre hipotético das nossas teorias."
"Unended Quest" (Karl Popper)
Na altura, Popper considerava-se como um Kantiano não-ortodoxo. Mais tarde ("Conjectures and Refutations"), critica o facto daquele filósofo "querer demonstrar de mais, na sua tentativa de ilustrar como é possível o conhecimento."
Mas a diferença aristotélica entre o fenómeno e a essência é que parece "datar" o Kantismo. Na verdade, prescindimos dessa distinção na ciência moderna e parece bastar-nos a descrição dos fenómenos (que podemos conhecer, segundo Kant) para haver um certo progresso no conhecimento, porque tudo aquilo que ainda não conhecemos ou que nunca viremos a conhecer cai sobre a presunção de que são ainda fenómenos a que falta uma teoria e um sujeito para os observar. Por outro lado, a "coisa em si" talvez seja um "mero" nexo conceptual.
Contudo, esse progresso é também uma série de erros históricos e conhecer já não pode ser o que pensava disso a filosofia clássica.
Não é nada que não tenha um valor precário, mas essencial para nós. É como quando dizemos que conhecemos alguém. Se nem ele próprio se conhece…
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