"Em 1689, Cotton Mather, um proeminente pastor protestante num colonial Massachusetts, proferiu um enérgico sermão intitulado 'Um discurso sobre Bruxas', no qual detalhava a disseminada ameaça da bruxaria no mundo e a natureza da relação entre as bruxas e o Diabo."
"A Hystery of Colonial Witchcraft" (Roger Gatchet)
Tal como os efeitos da retórica de Hitler foram ampliados num contexto mais do que propício e, por grande que fosse a sua paixão política, essa mesma retórica pareceria apenas grotesca noutra Alemanha, em Salem, Massachusetts, o discurso do reverendo Mather pôde provocar tais ondas de choque que, apenas três anos depois, "no pânico que se seguiu, cerca de 200 pessoas, mulheres na sua maior parte, foram acusadas de praticar bruxaria. Quando a caça finalmente foi dada por terminada pelo governador William Phips em Outubro de 1692, 19 vítimas (14 mulheres, 5 homens) tinham sido executadas, um homem tinha sido apedrejado quase até à morte, e três mulheres, um homem e várias crianças tinham morrido na prisão." (ibidem)
O que é que a bruxaria tem a ver com a crise de hoje? No século XVII, a Bíblia estava acima da razão, e o Êxodo era claro: "Não deixarás que viva uma bruxa." (22:18)
Substituamos a intimação bíblica pela "opinião dos mercados", e aí está.
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