quinta-feira, 1 de junho de 2006

O AÇO NA SEARA


"Pégaso"


Ontem de manhã, no mais típico café de Portalegre, "O Alentejano", com fundo de cigarra.

Este mundo, que alguns dizem parado no tempo, é o que me convém para imaginar a cidade a que Durrell dedicou um célebre quarteto:

"a luz filtrada através da essência de limões. Um ar cheio do pó da argila e o odor dos pavimentos aquecidos e refrescados de água."

O que desfeia esta jóia do Alto Alentejo são os cavalos de ferro parados em frente da catedral e por todo o centro histórico. Essas montadas que nunca se cansam de estar de pé e que podemos contornar sem recear um coice.

Neste país encantado e conhecido pelo vagar do tempo, parecem os pégasos de aço abandonados por uma geração mecânica.

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