Yasujiro Ozu
Acabo de rever um maravilhoso Ozu: "Ervas Flutuantes" (1959).
Um velho actor de teatro kabuki, que já não acredita no público, enterra a sua "companhia" numa pequena aldeia, para passar algum tempo com o filho, que abandonou e de quem tem que esconder a identidade.
Tudo se complica por causa dos ciúmes de Sumiko, a primeira dama.
Assistimos ao desenrolar do melodrama, com a piedade de Ozu perante estes debates da borboleta na garrafa, em que cada um se perde voluntariamente.
E que palavras haverá para descrever a última cena em que o velho pai rejeitado, a companhia desfeita, se deixa apaparicar pela fúria que desencadeou o drama?
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