"A luz eléctrica fazia esplendidamente brilhar os xistos, o calcário e o velho grés vermelho das paredes; poder-se-ia pensar que estivéssemos numa trincheira aberta do Devonshire, que deu o seu nome a este género de terrenos. Espécimes de mármores magníficos revestiam as muralhas, uns dum cinzento ágata com veios brancos caprichosamente desenhados, os outros de cor encarnada ou dum amarelo manchado de placas vermelhas, mais longe, amostras deste mármore griotte de cores sombrias, das quais o calcário ressaltava em nuances vivas."
"Voyage au centre de la terre" (Jules Verne)
Agora que o vulcanismo nos invadiu os céus e chumbou as asas aos aviões, é tempo de recordar Júlio Verne e um outro vulcão islandês, o Scartaris (ó viajante audaz!) por onde começou a única descida "conhecida" ao centro da terra.
Quem me dera voltar a experimentar o sortilégio dessas páginas que nenhuma adaptação cinematográfica conseguiu igualar!
Tudo escrito por um homem que, rapaz, quando foi açoitado pelo pai por ter tentado escapar numa aventura real, jurou que a partir daí viajaria "apenas em imaginação".
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