Bartolomeo Cipolla foi um jurisconsulto de Verona, do século XV, autor de um tratado de astúcias (cautelae) permitindo contornar as leis.
Está, talvez, a fazer falta uma súmula de todos os artifícios que desde o tempo de Cipolla foram criados para fintar as leis.
É de esperar que tal empresa encontre forte resistência corporativa, menos por parecer um atentado à majestade da Lei, do que um ataque a um monopólio de conhecimentos práticos.
Mas, tal como a bondade divina sai realçada da comparação com o tripudio das legiões de demónios, mais resplandecente aparecerá a lei, se tudo o que se fez contra ela, na forma ou no espírito, por meios especiosos ou não, pudesse oferecer-se à contemplação de todos.
Poderíamos então legendar com mais verdade alguns (in)sucessos do pretório.
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