sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A OBJECTIVIDADE DAS EMOÇÕES


Ludwig Van Beethoven (1770/1827)

"De acordo com a minha teoria objectivista (que não nega a auto-expressão mas acentua a sua completa trivialidade), a função realmente interessante das emoções do compositor não é que devam ser expressas, mas que podem ser usadas para testar o sucesso ou a adequação, ou o impacto da obra (objectivos). O compositor pode usar-se a si mesmo como uma espécie de corpo experimental, e pode modificar e reescrever a sua composição (como Beethoven muitas vezes fez) quando está insatisfeito com a sua própria reacção; ou pode descartá-la por completo."

"Unended Quest" (Karl Popper)


A questão parece-me tão óbvia que nem consigo imaginar alguém que escrevesse alguma coisa de jeito sem a "provar" no seu foro interior. Por maioria de razão, numa arte como a música, em que se trata menos de julgar do que sentir e "ver o efeito".

Mas alguém, como se diz que era Mozart, que fosse capaz de ter toda a música na cabeça poderia, além disso, apreciá-la visualmente, pela inteligência da sua construção.

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