"A ciência explorou o microcosmos e o macrocosmos; temos uma boa ideia da topografia da terra. A grande fronteira por explorar é a da complexidade. Os sistemas complexos incluem o corpo e os seus órgãos, especialmente o cérebro, a economia, a população e os sistemas evolutivos, o comportamento animal, as grandes moléculas - tudo coisas complicadas. Alguns destes sistemas são simuláveis em computadores e podem facilmente e com precisão ser modelizáveis; outros não podem ser simulados por nada mais simples do que o próprio sistema."
"The Dreams of Reason" (Heinz Pagels)
Este limite na nossa apreensão da complexidade, se admitirmos que simulação é igual a compreensão, quer dizer que estamos condenados a viver com o transcendente.
Não talvez naquele temor ligado ao sentimento do sublime (Kant) do homem que pela primeira vez atenta no espectáculo celeste ou que nunca tenha visto o oceano, mas numa incerteza sem sagrado e sem angústia motivada pelo que nunca poderemos conhecer.
Não podemos simular a economia real, por exemplo, podemos só construir modelos matemáticos que nos ajudem a seguir uma rota. Às vezes para a catástrofe.
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