Nuremberga
É na cirurgia plástica em que pensamos ao explicar a impressão que em nós causa o espectáculo de algumas cidades alemãs, maravilhosamente recuperadas nos últimos 50 anos.
Admiramos o génio da eficiência e a piedosa reprodução do barroco das igrejas e das casas medievais, em que não é visível ainda a garra do tempo. Mas esta perfeição tem o seu quê de disneylândia e de museu etnográfico.
A cidade mente sobre a sua idade, como uma velha coquete, e nós temos de nos render ao seu brilho e aos seus dourados.
Mas parece que a todo o momento, o sorriso artificial com que nos acolhe se vai escangalhar, como em “Um rei em Nova Iorque”.
A história, detrás do cenário, somatiza no desempenho de turistas e actores.
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