Paul Valéry (1871/1945)
"Um artista moderno deve perder os dois terços do seu tempo a tentar ver o que é visível e, sobretudo, a não ver o que é invisível. Os filósofos expiam por de mais a falta de se terem exercitado ao contrário."
"Introduction à la méthode de Léonard de Vinci" (Paul Valéry)
Mas poderíamos ver o visível sem o histórico desvio pelo invisível, senão depois de termos construído os mundos do sentido?
Os mitos religiosos vão directamente ao invisível e só assim foi possível ordenar o visível.
Mais importante do que isso, o que nos é dado ver não tem nenhum sentido sem o que não se vê.
Por isso, uma artista "moderno", isto é, não inocente em relação a esta questão, só pode criar como quem raspa um palimpsesto.
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