"Lady Chatterley" (2006-Pascale Ferran)
A Lady Chatterley do filme de Pascale Ferran (2006) não é uma feminista (não conhecemos as suas leituras, nem a sua juventude) e percebemos pelo diálogo com Clifford que tem ideias sociais ingénuas.
Então, como surge esta consciência dum direito ao amor e este culto naturalista do corpo, no seio duma aristocracia vitoriana?
Tudo no filme é justo quanto à descoberta do prazer dos sentidos, aos silêncios e à timidez do guarda-florestal, por exemplo. A paisagem parece cúmplice deste regresso à simplicidade, mas a liberdade de Constance é inverosímil.
Nem sequer lhe falta a imprudência e a generosidade ( a mentira é contornada por esse acordo tácito com o marido, inválido de guerra) para ganhar a nossa razão.
Mas, enfim, que mundo é este?
Preciso de reler D. H. Lawrence para encontrar a ideia original.
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