quarta-feira, 15 de agosto de 2007

O HOMEM OU UM CERTO HOMEM?


http://droitshomme83300.free.fr

"Um exemplo de uma tal dialéctica subtil é-nos fornecido pela discussão actual sobre os direitos do homem. Quanto ao essencial, estes, tomados ao nível de textos declarativos e não propriamente legislativos, podem ser considerados como derivações bem argumentadas da própria ética da argumentação. E por isso eles foram ratificados pela quase unanimidade dos Estados; e, no entanto, a suspeita permanece de eles serem apenas o fruto da história cultural que é própria do Ocidente, com as suas guerras de religião, a sua laboriosa aprendizagem, nunca terminada, da tolerância."

"Soi-même comme un autre" (Paul Ricoeur)


Evidentemente, a suspeita existe e é uma fraqueza que os inimigos da democracia não deixam de explorar.

Tudo se passa como se a pretensão à validade universal do que se considera, no Ocidente, uma conquista da Humanidade, pudesse ser objectado e vituperado como um luxo de países que se desenvolveram duma certa maneira, sem que se tivesse que apresentar, ao mesmo tempo, uma alternativa universalmente válida.

O diferendo entre o universalismo e o contextualismo tornou-se inescapável, a partir do momento em que, através do desenvolvimento das comunicações, nos aproximamos de algo que tem uma certa analogia com a "consciência".

1 comentários:

TRANSIDO disse...

Interesante suo blog.
Obrigado