Extrema flexibilidade (http://www.breaktaker.com)
"Bem se podem louvar hoje os méritos de uma flexibilidade acrescida e da capacidade de adaptação, isso não nos deve impedir de julgar com igual severidade a inconsequência do comportamento, a fraca viabilidade e o caos de um grande número de objectivos e de decisões heterogéneos. E isso significa que a fixação rígida num objectivo determinado uma vez por todas - o que hoje se chama de "tatcherismo" . pode também ter vantagem a título de ensaio. Se a flexibilidade e a rigidez designam duas variantes da formação de expectativas relativamente improváveis, o problema não se situa na escolha de uma contra a outra, mas na sua combinação."
"Politique et Complexité" (Niklas Luhmann)
O que leva a que em certos meios se considere apenas a flexibilidade nas relações laborais não é que a estabilidade e uma certa rigidez não sejam necessárias, mas a crença de que a flexibilidade nunca será suficiente.
Em Portugal, já temos um dos maiores índices de precariedade no trabalho e o uso dos recibos verdes ultrapassa tudo o que seria razoável.
O facto é que não se pode compreender este discurso e esta obstinação sem perceber a mentalidade Estado-dependente que lhe subjaz. A do medo do risco e da verdadeira inovação. Para dar qualquer passo, quer-se a garantia de que não há qualquer resistência interna, seja ela sindical, corporativa ou simplesmente crítica.
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