sexta-feira, 4 de novembro de 2005

A ILUSÃO ALCANDORADA


O castelo de Duíno (Trieste)

Prevenido por João Barrento, não ia à espera de encontrar senão uma desilusão alcandorada. Por isso a entrada nesses terraços sobre um Adriático feito sonho interior, que ladeiam estátuas encadeadas pelo olhar, onde as Elegias foram concebidas, percorrer os salões em que os Thurn e Taxis acumularam riqueza e gosto, foi como se, esperando ver a miragem atrás das grades, me dessem um livre acesso miraculoso para me deixar prender à atmosfera e aos objectos que o poeta tocou.

Segui "il sentiero Rilke" até à falésia e tirei aquela fotografia com o palácio encostado ao castelo.

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