O cartaz de Louça foi evidentemente pensado para aquela expressão. É, pelo menos o que se vê: a consciência de ser olhado não in totum, como se olha uma fotografia, mas nos olhos, como para ver se é verdade que não mentem.
Ora, o que se sente é que Louçã está a ser olhado por Deus (o que até nem seria mau num republicano, traduzindo-se a divindade pelo Povo).
Porém, tendo em conta que, em abstracto, não há verdade nenhuma para sondar, olhamos não para o fundo dos olhos, mas para os folhos duma interioridade que se resguarda por não ter nada para mostrar.
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